quarta-feira, 30 de março de 2016

Evangelho de Tomé


Comentado pelo Paulo Borges, apoiado no livro de (), no Centro Lusitano, inserido na série de Estudo e Comentários de Textos Tradicionais II.

Em 1945, em Nag Hammadi, dois pastores aventuraram-se por dentro de uma das grutas que por ali haviam. Descobriram uma porta e ficaram com medo que do outro lado existissem djinn (espíritos, palavra de onde vem o 'génio' da lâmpada). Encorajados pela esperança de encontrarem tesouros preciosos, entraram e descobriram, para sua desilusão, papiros enrolados em cordas.

Depois de alguns terem sido usados nas fogueiras da casa desses pastores, vendidos e roubados, foram para a um museu(?), onde estão até hoje. Esses documentos carregam o Evangelho de Tomé, considerado, por alguns, como o primeiro evangelho. São mais que uma centena de ditos de Jesus. 

Evangelho, significa boa nova. Contudo, Jesus repete muita vez: o Reino não está por vir. O Reino está espalhado por toda a terra e os humanos não o veem.  Aqui o Paulo falou desta constante confiança numa Era que está por chegar, na atualidade fala-se da Nova Era ou da Era de Aquário. Nos tempos de Jesus, o nome dessa Era supostamente vindoura talvez fosse o Reino dos Céus.

Este Evangelho é considerado como Cristão Gnóstico. Isto porque a mensagem passada é acerca do conhecimento transformador do sujeito no objeto, no paralelo entre conhecer e ser ( o equivalente em Sânscrito de Jñana). A Gnose é então o tipo de conhecimento alternativo do proveniente da Pistis (fé) e do Logos (racional).
 
Não confundir com gnosticismo que tem um carácter dualista: algo caiu do paraíso e assim se formou o nosso mundo.

Provérbio Sufi: Quem é que em vez de degustar um bom vinho prefere dissertar sobre ele?

Deixar de acreditar que existi interior e exterior, feminino e masculino. Ter olhos que vêm, pés que sabem o caminho, mãos que dão e recebem. Isto é entrar no Reino.


Sexo-> cisão


Luz da consciência obscurece-se quando nos identificamos com os estados mentais ou emocionais.

A sabedoria que carrega o amor e a compaixão é a única coisa com a qual não nos devemos satisfazer com pouco. Essa inquietação não cessa. E aí os limites transformam-se em limiares, é esta passagem que é uma proposta iniciática. Para isto é essencial abandonar todas as falsas ideias sobre o eu e sobre os outros, sobre o mundo e sobre deus. Páscoa: passagem.

Provérbio budista (?): Sem dúvida nenhuma iluminação, pouca dúvida pouca iluminação, muita dúvida muita iluminação.

As certezas em conceitos afastam-nos da união com a realidade divina.

A visão que tudo vê, está em constante espanto, estupefacta: fica estúpido, estupidez transcendental.

"Não me procurarias se não me tivesses já encontrado".

Poucos são os que vão ao fundo do poço e descobrem o fundo sem fundo.

domingo, 9 de junho de 2013

Cruzamentos


Os livros são chatos de ler. Não há neles livre circulação. Somos convidados a seguir. O caminho está traçado, único.
Muito diferente é o quadro: imediato, total. À esquerda, também à direita, em profundidade, sem peias.
Nele não há um trajecto, há mil trajectos, e as pausas não são indicadas. Mal a gente o deseje, de novo o quadro todo, por inteiro. Num instante está ali tudo. Tudo, mas nada ainda é conhecido. É aqui que se deve começar a LER.

1950
henri michaux
o retiro pelo risco

Canal de poesia

quarta-feira, 27 de março de 2013

Filosofia I

 Ascetsimo ou asceticismo- filosofia que defende a privação severa de prazeres com o objectivo de encontrar uma libertação que leva a uma maior lucidez da mente, purificando o corpo.

Epicuro- Filosofo que pensou em como podemos ser felizes. Pouco ligado à espiritualidade e aos assuntos do além, baseava-se na ciência empirica e assim todos os medos e culpas gerados pela omnipotência e justiça divina não existiam. Acreditava que o estado mental que traduz a felicidade de um ser humano é o denominado por ataraxia, onde as preocupações dão o lugar a uma tranquilidade quase agnóstica livre dos deveres religiosos que atormentam vidas com medo da que supostamente virá a seguir, cuja existência Epicuro nega. Defende a exclusão da politica e de pessoas de má índole e incentiva a que sejamos bons e dignos.
Fala ainda da aponia que representa a ausência de dor física tornando se um estado prazenteiro de dominio e supressão da dor corporal. A ataraxia está para a mente como a aponia está para o físico  Estes são os dois pilares da filosofia epicurista para atingir a felicidade.

Vexar- causar sofrimento, humilhar, afligir.
vexame=vexação
vexatória

Pesquisa incentivada pela leitura de A Filosofia da Vida-Will Durant

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Sabedorias várias

Boardwalk Empire: "Se sujares as calças com lama, ou merda, não vais lá mexer. Esperas que seque ,depois escovas e sai facilmente"

Cem anos de solidão: "Ela pensava nessa altura que uma forma de amor derrotava outra, porque estava na índole dos homens repudiar a fome uma vez satisfeito o apetite."